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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A importância da Bíblia


A importância da Bíblia



biblia-leiaTexto: Salmos 119:105
Introdução: Por milênios Deus se revelou ao homem através de suas obras, isto é, a Criação (Romanos 1:20; SaImo 19:1-6).
Porém, segundo seu propósito, che­gou o tempo em que Ele desejou al­cançar o homem com uma revelação maior, o que fez em forma dupla:
a) através da Bíblia - A Palavra Escri­ta, e
b) através de Jesus Cristo - A Palavra Viva (João 1:1).
Esta dupla revelação é mui especial e tornou-se necessária devido à queda do ho­mem
Desse modo o estudo das Escri­turas se impõe como o principal meio do homem natural vir a conhe­cer a Deus e a Sua vontade para com a sua vida, bem como do crente conhecer o propósito santificador de Deus para si e para com todos os salvos.

I. O alcance do estudo da Bíblia

O estudo da Bíblia é uma neces­sidade que se impõe ao crente por causa do grande alcance que o livro divino tem.
O seu estudo:
1.    Prepara o crente para res­ponder àqueles que lhe pedem a ra­zão da fé, que nele há (I Pedro 3:15). Isto implica no fato de que o teste­munho cristão só é válido quando Fundamentado – no conhecimento e prática da Palavra de Deus.
2.   Faz o obreiro aprovado. Quanto ao correto manejo da pala­vra da verdade (II Timóteo 2:15). Ho­mens e mulheres que manejam bem a Palavra de Deus! Eis uma das grandes necessidades da Igreja do senhor neste século!
3.   Acresce a fé do crente quan­to ao fato de que as Escrituras são a infalível Palavra de Deus (Isaias 34:16). O valor espiritual das Escrituras tende a arraigar-se em nossa convic­ção à medida da nossa aplicação à sua leitura.
4.   Dá luz e entendimento aos simples (SI 119.130). A ignorância espiritual do crente não se dá pela ausência de formação acadêmica, mas pela falta de apego à revelação divina manifesta nas Escrituras.
Ninguém é tão sábio como pensa quando ignora o valor da Palavra de Deus, nem tão indouto como possa imaginar quando ama o livro da lei do Senhor.

II. Por que estudar a Bíblia

Dentre outras razões por que o crente deve ler e estudar a Bíblia poderíamos destacar as seguintes:
1.    A Bíblia é o manual do cren­te. Sendo a Bíblia o livro texto do cristão, é imperioso que este a maneje bem para o eficiente desempe­nho de sua missão (2 Tm 2.15). Um bom profissional sabe empregar bem as ferramentas de seu oficio. Essa eficiência não é automática; vem pelo estudo e pela prática. As­sim deve ser o crente em relação à Bíblia Sagrada. Entre as promessas de Deus àqueles que conhecem de­vidamente a sua Palavra, temos a de Isaías 55.11: "Assim será a pala­vra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”
2.   A Bíblia alimenta nossas al­mas (Mateus 4:4; Jeremias 15:16; 1 Pedro 2:2). Não há dúvida que o estudo da Pa­lavra de Deus traz nutrição e cresci­mento espiritual. Ela é tão indispensável  a alma, como o pão é ao corpo. Nas passagens citadas, ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo quando é ab­sorvido pelo organismo. O texto de 1 Pedro 2.2 fala do intenso apetite do recém-nascido; assim deve ser o nosso apetite pela Palavra divina. Bom apetite pela Bíblia é sinal de saúde espiritual.
3.   A Bíblia é o instrumento do Espírito (Efésios 6:17). Se em nós hou­ver abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá o instrumento com que operar. É preciso, pois me­ditar nela (SaImos 1:2; Josué 1:8). É preciso deixar que ela domine todas as esfe­ras da nossa vida, nossos pensamen­tos, nosso coração, e assim molde todo o nosso viver diário. Em suma: precisamos ficar saturados da Pala­vra de Deus.
4.   A Bíblia enriquece a vida do cristão (SaImos 119:72). Essas riquezas vêm pela revelação do Espírito San­to, primeiramente (Efésios 1:17). A pes­soa que procurar entendimento bíblico somente através da capaci­dade intelectual, muito cedo desis­tirá. Só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus (I Coríntios 2:10).

III. Como estudar a bíblia

Como a divina e inspirada Pala­vra de Deus, a Bíblia é um livro sin­gular, do qual maior proveito tirará aquele que melhor souber estudá-lo. E é exatamente com o propósito de ajudá-lo a tirar o máximo de provei­to do estudo da Bíblia que lhe da­mos os cinco passos seguintes a se­rem seguidos:
1.    Leia a Bíblia conhecendo o seu Autor. Isto é de suprema im­portância. É a melhor maneira de estudar a Bíblia. Ela é o único livro cujo Autor está presente quando o lemos. O autor de um livro pode ex­plicá-lo como ninguém. A Bíblia é um livro fácil e ao mesmo tempo difícil; simples e ao mesmo tempo complexo. Não basta ler suas pala­vras e analisar detidamente suas declarações. É preciso conhecer e amar a Deus, o seu Autor.
2.   Leia a Bíblia diariamente. (Deuteronômio 17:19). Esta regra é excelente. É estimado que 90% dos crentes não leem a Bíblia diariamente; portanto não é de admirar haver tantos deles frios e infrutíferos no testemunho e no serviço cristão. Mais do que isto: são anãos, raquíticos, mundanos, carnais e indiferentes, nervosos e iracundos. Não basta assistir aos cultos, ou­vir sermões e testemunhos, assistir estudos bíblicos, e ler boas obras de literatura cristã. É preciso ler a Bíblia individualmente. Há crentes que só comem espiritualmente quando lhe dão comida na boca. Ê a colher do pastor, do professor da Es­cola Dominical, etc. Se ninguém lhe der comida, ele morrerá de inanição espiritual.
3.   Leia a Bíblia com a melhor atitude. Ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual é de ca­pital importância para o êxito no es­tudo bíblico. A atitude correta é a seguinte:
a.     Estudar a Bíblia como a Pala­vra de Deus, e não como uma obra literária qualquer.
b.     Estudar a Bíblia com o cora­ção e em atitude devocional, e não apenas com o intelecto,
4.   Leia a Bíblia meditando. As­sim têm feito os servos de Deus no passado, a exemplo de Davi (SaImos 119:15,16), Daniel (Daniel 9:2-4). O ca­minho ainda é o mesmo. Na presen­ça do Senhor, em oração, as coisas incompreensíveis são esclarecidas (SaImos 73:16,17). A meditação aprofun­da o sentido. Muitos leem a Bíblia para estabelecer recorde de leitura somente. Ao leres a Bíblia, aplica-a primeiro a ti próprio, senão não ha­verá virtude nenhuma.
5.   Leia a Bíblia toda. Há uma riqueza insondável nisso. Ê a única maneira de conhecermos a verdade completa dos assuntos tratados na Bíblia, visto que a revelação de Deus mediante ela é progressiva. Como o irmão pensa compreender um livro que nem sequer leu ainda? Podemos ler a Bíblia toda, porém jamais a compreenderemos toda. Sendo a Palavra de Deus ela é infi­nita! Mesmo as mentes mais férteis do mundo são incapazes de abarcá-la completamente. Não há no mundo ninguém capaz de esgotar ou dissecar a Bíblia.
IV. A aplicação da Bíblia
A diferença básica entre a Bíblia e os outros livros que lemos ao longo da vida, é que não temos nenhuma obrigação moral de obedecer ao que estes ensinam, enquanto que a Bíblia é um livro escrito não apenas para ser lido, mas também, e princi­palmente, para ser obedecido e apli­cado.
1.    Aplique a Bíblia à sua vida. Você sabia que é de nenhum valor conhecer a letra das Escrituras, contudo não se dispor a obedecê-la? Satanás conhece a Bíblia e é capaz de citá-la decoradamente como fez diante de Jesus enquanto o tentava no deserto (Mateus 4:6). Acontece que esse conhecimento do tentador não é capaz de diminuir, ainda que por um pouco, a impiedade e maldade do seu vil coração. Aplicando a Bíblia à nossa vida, sem dúvida poderemos dizer como disse o salmista Davi: "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" (SaImos 119:11).
2.   Aplique a Bíblia às necessi­dades do mundo. O conhecimento acadêmico tem ajudado os estudio­sos do comportamento humano a detectar os problemas que afligem a nossa sociedade. No entanto, tem fracassado na análise das causas e na aplicação de soluções a estes problemas. Por exemplo: é impres­sionante ver como homens que igno­ram a Bíblia atribuem a violência e outras anomalias que afligem a so­ciedade contemporânea, a causas, como a pobreza e o analfabetismo. Eles não conseguem olhar o mundo e ver as pessoas como Deus as vê: caídas, espiritualmente pobres e ca­rentes de Deus. No contexto de toda esta confu­são, o crente e estudioso da Bíblia tem grande vantagem sobre as de­mais pessoas. Com o jornal da cida­de numa das mãos e a Bíblia na outra, ele é capaz de detectar tanto os problemas quanto de aplicar even­tuais soluções a eles. Ele vê o mun­do moribundo, espiritualmente en­fermo. "Toda a cabeça está enferma e todo o corpo fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e cha­gas podres, não espremidas, nem li­gadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo" (Isaias 1:5,6). Tudo isto porque, como disse João: “... todo o mundo está no maligno" (I João 5.19).

Conclusão: Se a Bíblia é o que dizemos ser para a nossa vida, guardemo-nos da atitude farisaica de lê-la e, inclusive, proferi-la sem que ela seja parte inseparável do nosso caráter.
No princípio da Obra Pentecostal no Brasil, era muito comum ouvir- se pessoas não crentes se referirem aos pentecostais como "os Bíblias", decorrente do apego ao livro e à prá­tica da Bíblia. Deveríamos nos pe­nitenciar diante de Deus pelo nosso gradual afastamento das verdades e virtudes do Evangelho propugnadas na Bíblia.

Postado por Aldenir Araujo 

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