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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

JOÃO


JOÃO

Propósito
João, o autor do quarto Evangelho, manifesta com admirável concisão o propósito que o move para escrevê-lo. 

Como que dialogando figuradamente com os seus futuros leitores, explica-lhes que os sinais milagrosos feitos por Jesus e recolhidos “neste livro... foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.30-31).

 Esta é, em resumo, a intenção que guia o evangelista a coligir também o conjunto de ensinamentos e discursos reveladores da natureza e razão de ser da atividade desenvolvida por Jesus, o Messias, o Filho unigênito (1.14), enviado pelo Pai para tirar “o pecado do mundo” (1.29) e para dar vida eterna a “todo aquele que nele crê” (3.13-17).

O autor do Evangelho de João (= Jo) apresenta-se, tal qual João Batista, como uma testemunha viva da revelação de Deus. Deus nunca foi visto por alguém (1.18), mas agora deu-se a conhecer por intermédio do seu Filho (19.35; 21.24. Cf. 1.6-8,15). 

Encarnado na realidade humana, o Cristo preexistente e eterno veio conferir à nossa história um novo sentido, uma categoria que excede a toda a nossa capacidade de compreensão e raciocínio. Disso, João Batista prestou um testemunho precursor no começo do ministério público de Jesus.

 Agora, o faz João, o evangelista, a partir da perspectiva do Cristo que vive apesar da morte, do Senhor que, com a sua morte, venceu o mundo (16.33) e que é vida para todo aquele que o aceita pela fé (11.25-26).

A lembrança do Ressuscitado está sempre presente no coração do autor deste Evangelho, como, sem dúvida, ela esteve em cada um dos discípulos que acompanharam o Senhor durante os dias da sua existência terrena (Cf. 2.17,22; 12.16; 14.26; 15.20; 16.4).

 E o acontecimento da ressurreição é como uma linha luminosa que percorre o Evangelho de João desde o princípio até o fim e permite contemplar a figura única e irrepetível do Messias Salvador.

Mais que oferecer uma biografia de Jesus no sentido estrito que hoje damos à palavra, João pretende introduzir o leitor numa profunda reflexão acerca da pessoa do Filho de Deus e do mistério da redenção que nele nos tem sido revelado. 

Em Cristo manifestou-se o amor de Deus, e, por meio dele, o crente tem acesso às moradas eternas (14.2,23), isto é, a uma vida de comunhão com o Pai.
Particularidades do Evangelho
O ponto de partida do quarto evangelista para as suas considerações sobre o Messias não é o mesmo que o de Mateus, Marcos e Lucas. 

João busca outros enfoques, de maneira que, freqüentemente, se refere a situações e eventos ou inclui palavras, ensinamentos e discursos de Jesus não testificados pelos sinóticos. 

Isso permite supor que, provavelmente, João, contando com alguma fonte de informação própria, tenha podido ampliar determinados dados conhecidos e transmitidos por aqueles, admitindo-se sobretudo que, de acordo com o critério mais amplamente aceito, a redação do quarto Evangelho teve lugar depois da aparição dos outros três, em datas próximas ao final do séc. I.

Um aspecto singular deste Evangelho é o persistente interesse em fixar os lugares dos acontecimentos.

 E curiosamente, enquanto Mateus, Marcos e Lucas dão maior atenção às atividades de Jesus na Galiléia, João fixa-se de modo especial nos fatos que têm lugar em Jerusalém (mas cf. Jo 2.12; 4.43-54; 6.1; 7.9).

 Ao mesmo tempo enfatiza que determinadas festas do calendário judaico parecem marcar os momentos escolhidos pelo Senhor para entrar na cidade: a Páscoa (2.23; 11.55), a Festa dos Tabernáculos (7.2), a Festa da Dedicação do templo (10.22) e, inclusive, uma festa não referida com precisão (5.1).

Essa relação simultânea de Jesus com Jerusalém e com as festividades judaicas é um dos elementos de composição que contribuem a dar ao texto deste Evangelho o seu colorido peculiar. Mas não é o único, pois existem outros traços igualmente característicos que é necessário ter presentes. Destacamos entre eles:

(a) A linguagem simbólica (p. ex.: o Verbo: 1.1; a água: 7.37; o pão: 6.35; a luz: 8.12).

(b) As imagens tiradas do Antigo Testamento (p. ex.: o pastor e as ovelhas: 10.1-18; cf. Sl 23; a videira e os ramos: 15.1-6; cf. Is 5.1-7).

(c) As referências culturais ou à natureza humana (p. ex.: as bodas em Caná, a personalidade de Nicodemos, a mulher samaritana, o cego de nascimento).
Autor
Detalhes como os indicados caracterizam o autor como um autêntico judeu, profundamente religioso e bom conhecedor das tradições e das expectativas do seu povo; mas um judeu que encontrou em Jesus de Nazaré o Messias esperado, o Salvador e Senhor, “de quem Moisés escreveu na lei e de quem escreveram os profetas” (1.45; 12.34,38-40; 15.25).

 No entanto, não contamos com muito mais informação acerca da pessoa deste evangelista. Dir-se-ia, melhor, que o mesmo deseja ocultar a sua identidade por trás de um anonimato apenas rompido quando se refere àquele discípulo “a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.20), de quem em 21.24 se diz que “testifica dessas coisas e as escreveu”.

 A tradição que atribui o Evangelho ao filho de Zebedeu, a “João, seu irmão” (de Tiago) (Mc 3.17) remonta ao séc. II.

Conteúdo
No decorrer dos anos têm sido feitos diversos esforços para estabelecer de algum modo a cronologia dos acontecimentos referidos no quarto Evangelho ou para agrupar logicamente os seus elementos literários. Como é evidente que o propósito de João não foi redigir uma crônica, mas criar uma atmosfera de reflexão que conduza o leitor à fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, a composição do livro também deve ser considerada desse ponto de vista.

Por outro lado, aquilo que se torna claro num primeiro contato com o texto é a sua divisão em duas grandes seções. Delas, uma chega até o final do cap. 12 e está centrada no ministério público de Jesus; a outra, que compreende os caps. 13—21, narra o acontecido em Jerusalém durante a última semana da vida terrena de Jesus, incluindo a sua paixão e morte e a sua ressurreição.

O conjunto de caps. que forma a primeira seção do livro abre-se com um Prólogo (1.1-18) que, com ressonâncias de Gn 1.1, exalta a encarnação da Palavra de Deus, eterna e criadora, na pessoa de Jesus, o Cristo.

 Junto a outros assuntos, o Evangelho se refere aqui a um total de sete milagres ou sinais realizados pelo Senhor para manifestar a sua glória e para que os seus discípulos cressem nele (2.11; 4.48; 5.18; 6.14; 9.35-38; 11.15,40). São os seguintes:

1. A conversão da água em vinho (2.1-11)
2. A cura do filho de um oficial do rei (4.46-54)
3. A cura de um paralítico (5.1-18)
4. A alimentação de uma multidão (6.1-14)
5. Jesus caminha sobre as águas (6.16-21)
6. A cura de um cego de nascença (9.1-12)
7. A ressurreição de Lázaro (11.1-44).

Com respeito a esses atos milagrosos é importante sublinhar o que também se percebe em primeiro lugar na intenção do evangelista, isto é, o seu propósito em destacar o sentido profundo desses milagres como manifestações da atividade messiânica de Jesus. 

Para dar realce a esse enfoque contribuem os diálogos e discursos que em diversas ocasiões acompanham o relato dos sinais (assim em 5.17-47; 6.25-70; 9.35—10.42; 11.7-16,21-27).

A segunda parte do livro mostra Jesus no seu confronto com os poderes públicos, representados particularmente pelas autoridades religiosas dos judeus. 

Encabeça a seção o lavamento dos pés dos discípulos e a predição da traição de Judas (13.1-30); logo depois há um longo discurso dirigido aos discípulos (14.1—16.33), concluído com uma oração conhecida como “sacerdotal” (17.1-26).

 Os caps. 18—19 contêm o relato da prisão, julgamento, morte e sepultamento de Jesus; e os caps. 20—21 são o testemunho que João presta da ressurreição de Jesus e das diversas aparições do Ressuscitado.
Esboço:
Prólogo (1.1-18)
1. Ministério público de Jesus, o Cristo (1.19—12.50)
a. João Batista (1.19-34)
b. Jesus começa o seu ministério (1.35—3.36)
c. Revelação de Jesus como o Cristo e confronto com as autoridades judaicas (4.1—6.71)
d. Revelação de Jesus como a luz e a vida para o mundo (7.1—12.50)
2. Paixão, morte e ressurreição (13.1—21.23)
a. A última ceia (13.1—17.26)
A ceia. O novo mandamento. Discursos de despedida (13.1—16.33)
A oração sacerdotal (17.1-26)
b. Prisão, julgamento, morte e sepultamento (18.1—19.42)
c. A ressurreição (20.1—21.23)
O sepulcro vazio (20.1-10)
Jesus aparece a Maria Madalena (20.11-18)
Jesus aparece aos discípulos (20.19—21.23)
Epílogo (21.24-25)



Sociedade Bíblica do Brasil: Bíblia De Estudo Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil, 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A RIQUEZA ESPIRITUAL




                              

                             A RIQUEZA ESPIRITUAL





TEXTO: Apocalipse 3:17 ao 19.
 

            Riqueza espiritual é diferente da riqueza física e a forma de conquistá-la é de igual modo muito diferente, não vamos esquecer que esta palavra foi direcionada a uma igreja que ficava na cidade de Laodicéia, uma cidade da Província Romana da Ásia, ficava próximo das cidades de Colossos e Éfeso, era uma cidade muito rica, a igreja que ficava nesta cidade era constituída de pessoas abastadas, ricas, e a igreja não tinha nenhuma necessidade, os irmãos faziam grandes contribuições e se orgulhavam de ter uma comunidade próspera, mas a realidade espiritual era muito diferente.           

            A realidade espiritual daquela igreja era muito miserável, quando o Deus olhava para aquela comunidade via pobreza e miséria espiritual mesmo sendo muito prósperos financeiramente. O Senhor os advertiu do orgulho deles em se acharem ricos e abastados e revelou a sua condição de pobreza lhes dizendo que estavam miseráveis, pobres, cegos e nus, não tinham se quer a capacidade de enxergar ou de sentir suas misérias.           

            O Senhor Jesus os aconselhou a comprarem dEle ouro provado pelo fogo para que fossem enriquecidos, a comprar vestes brancas para vestirem e não ficassem expostos e ungir os seus olhos com colírio para que pudessem ver com a visão espiritual.           

            Quero expor aos queridos estes três aspectos necessários para termos uma riqueza espiritual e não ficarmos confiantes nas riquezas frágeis desta terra.
           

1.      O primeiro aspectos é o ouro provado pelo fogo, o que seria isso?           

            Para entendermos o que para o Senhor é riqueza vamos recordar o que o Senhor Jesus falou lá em Mateus 6:19, nos aconselhando a priorizarmos os tesouros do céu, tesouros eternos, onde ninguém irá tirar de nós. Esses tesouros provados pelo fogo não são desta terra e nem podem ser comparado com nada nesta terra. Esse tesouro ou riqueza pertence somente aos filhos de Deus que receberão como herança e reinarão com Cristo. 

            Entenda que um tesouro provado pelo fogo é permitir-se depender de Deus, entregar-se ao cuidado dEle, e sofrer as provações pelo amor de Cristo, não é fazer voto de pobreza não queridos, mas é independente da sua situação financeira ou social depender de Deus e viver a vontade de Deus em toda sua vida, não confiando nas riqueza deste mundo que são passageiras. Mas sempre confiando em Deus que tem cuidado de nós. 1 Pedro 5:7.
           

2.      O segundo aspecto são as vestes brancas, o que significa isso? 

            Qual é a função de uma roupa? Certamente é cobrir o corpo. Para comprar uma roupa é muito simples, basta ir numa loja escolher o vestuário e comprar, mas para comprar uma roupa espiritual que simboliza uma sua situação espiritual diante de Deus e de todo o mundo espiritual é diferente, você pode esta usando roupas caras, luxuosas e extravagantes, mas, está nu no mundo espiritual e totalmente exposto ao agir do maligno.           

            A vestimenta é um símbolo da sua vida espiritual, de como anda sua comunhão com Deus, a palavra de Deus nos adverte a termos cuidado com nossas veste espirituais, Apocalipse 16:15, existem irmão nosso em Cristo que estão com suas vestes manchadas pelo pecado e existem aqueles que estão nu e completamente exposto ao ataque do Diabo.           

            Uma veste banca simboliza santidade, para se conseguir uma veste branca é necessário arrependimento, todos os dias temos que nos arrepender de nossos pecados que cometemos diariamente, em Eclesiastes 9:8, temos um conselho maravilhoso que diz "em todo tempo sejam alvas as tuas vestes...", temos que ter a preocupação de manter as nossas vestes sempre brancas. Em Apocalipse 22:14, diz que temos que lavar as nossas vestes no sangue do cordeiro para termos direito a arvore da vida.
 
3.      O terceiro aspecto é o colírio para os olhos, o que não estamos vendo e precisamos enxergar? 

            Muitos se gloriam de serem visionários, de terem uma visão muito clara e realista da vida, mas estão indo em direção do inferno, estão totalmente cegos, e pior do que isso, estão guiando outros cegos para o abismo. Em Mateus 15:14, nos adverte que se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.           

            A cegueira espiritual é pior do que a cegueira física, pois esta te impede somente de ver, mas os outros sentidos estão funcionando normalmente, mas a cegueira espiritual bloqueia todos os sentidos, cria uma ilusão que na verdade é uma escravidão no entendimento, existem espíritos malignos que estão atuando para que essa pessoa não consiga entender o que está acontecendo no mundo espiritual.           

            Muitas vezes nos impressionamos com nossos pastores pela visão espiritual que eles têm, eles conseguem ver muito claramente no mundo espiritual o que está acontecendo, o que o maligno está trabalhando, o que Deus está trabalhando, qual é a vontade de Deus.

            Essa visão espiritual é dada pelo Espírito Santo e para desfrutarmos dessa visão temos que ter uma comunhão com Deus através de oração e leitura da palavra, temos que permitir que o Senhor se revele a nós, é exatamente como se ele tivesse colocando colírios em nossos olhos. 

            E para finalizar esta mensagem quero dizer aos amados que como filhos de Deus temos que nos importar muito mais com as riquezas de Deus, as riquezas de sua graça, os tesouros do céu que são eternos. Quero muito que Deus lhe abençoe grandemente em nome do Senhor Jesus Cristo.

 

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@ Paulo da Cruz Ribeiro
Manaus, AM 06 de janeiro de 2013
IDPB Monte Horebe
http://idpb.blogspot.com.br/

domingo, 13 de janeiro de 2013

LUCAS



                          LUCAS
Autor e objetivo do Evangelho
Entre os quatro evangelistas, é Lucas quem mais se aproxima do conceito atual de historiador. Cuidadoso no seu trabalho, é provável que ao começar a prepará-lo já teve a previsão da publicação de uma obra em dois volumes. O primeiro é o Evangelho que leva o seu nome; o segundo, Atos dos Apóstolos.

Com a publicação desses livros, o autor quis transmitir uma mensagem de valor universal: que Jesus, o “Filho do Altíssimo” (1.32), representa o último capítulo do desenvolvimento da humanidade; e que a sua existência terrena, manifesta sob a denominação de “Filho do Homem” (6.22), significa que Deus veio estabelecer o seu Reino entre nós e que nos convida a participar dessa realidade nova e definitiva (17.20-21).

Desde o prólogo do Evangelho (1.1-4), Lucas revela uma grande preocupação de referir em detalhes “uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram” (1.1). E mesmo que ele não tenha vivido pessoalmente o acontecimento de Cristo, trata de proclamá-lo “conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares” (1.2).

 Com esse objetivo, havia-se entregado de antemão a uma “acurada investigação de tudo desde sua origem” (1.3).

Igualmente, como faria mais tarde ao compor o livro dos Atos dos Apóstolos, também agora dedica Lucas o seu “primeiro livro” (At 1.1) a um personagem de destaque chamado Teófilo, acerca de quem não nos chegou maior informação. 

Apenas o conhecemos por essas dedicatórias, que, na moldura dos seus respectivos prólogos (Lc 1.1-4; At 1.1-5), correspondem às formas literárias usuais entre os escritores gregos de então.

Lucas, certamente, preocupou-se em narrar de maneira inteligente e ordenada tudo quanto sabia acerca da pessoa e do ministério de Jesus. Entretanto, não é menos certo que, em sentido estrito, nunca pretendeu escrever uma biografia, senão um Evangelho. 

A sua intenção não esteve simplesmente orientada para dar a conhecer a vida, as características pessoais e a atividade de Jesus em meio à multiplicidade de situações religiosas, políticas e sociais em que se desenvolve o drama humano. 

Lucas, o evangelista, escreve desde a fé e para a fé, oferecendo com isso um testemunho pessoal de que Jesus é o Messias que veio a dar cumprimento perfeito ao plano salvador preparado por Deus antes de todos os tempos.
Características teológicas e literárias
O Evangelho Segundo Lucas (= Lc) ajusta-se, em termos gerais, aos esquemas de Mateus e de Marcos. Sendo assim, é preciso acrescentar que Lucas trabalhou e poliu o seu texto com especial esmero. 

Do ponto de vista literário, grande parte dos materiais redacionais comuns aos três Evangelhos sinóticos encontra-se mais depurada no terceiro Evangelho do que nos dois primeiros. Isso é possível graças ao domínio que Lucas possui do idioma e a riqueza do vocabulário que maneja.

 A amplitude dos seus recursos estilísticos manifesta-se, inclusive, quando, a fim de reproduzir com fidelidade determinadas formas da fala popular aramaica (sobretudo em discursos de Jesus), introduz conscientemente semitismos ou palavras gregas que se distanciam do habitual nível culto dele.

A partir do prólogo, o texto de Lucas pode-se distribuir em cinco seções:

A primeira seção (1.5—2.52), sem paralelo em Mateus e Marcos, contém os relatos entrelaçados do nascimento de João Batista e de Jesus. 

Ocorrem aqui algumas circunstâncias que os tornam semelhantes: a apresentação de dados históricos (1.5 e 2.1-5); a aparição do anjo Gabriel a Zacarias e Maria (1.19 e 1.26); as respectivas mensagens de que o anjo é portador (1.11-20 e 1.26-38); os cânticos de Maria e Zacarias em louvor ao Senhor (1.46-55 e 1.67-79); o nascimento de João e o de Jesus e a circuncisão de ambos em cumprimento do que foi estabelecido pela Lei mosaica (1.57-59 e 2.21-24).

Começa a segunda seção (3.1—4.13) situando historicamente (3.1-2) um conjunto de fatos: a pregação e o encarceramento de João Batista (3.1-20), o batismo de Jesus (3.21-22) e a tentação no deserto (4.1-13).

 Lucas, tal qual Mateus (Mt 1.1-17), insere uma genealogia; mas, em lugar de limitá-la à ascendência hebraica de Jesus, a faz remontar até Adão (3.23-38), para dar ênfase ao caráter universal da obra do Senhor.

A terceira seção do Evangelho (4.14—9.50) compreende o ministério público de Jesus na Galiléia, onde ensinou, pregou, reuniu os seus discípulos, curou a enfermos e possessos, fez milagres e anunciou que haveria de sofrer, morrer e ressuscitar. 

Há aqui textos muito importantes: a parábola do semeador (8.4-15), a ressurreição da filha de Jairo (8.40-56), a confissão de Pedro (9.18-20) e a transfiguração do Senhor (9.28-36). Também temos aqui relatos que Mateus e Marcos não incluem, como a ressurreição do filho da viúva de Naim (7.11-17) e a visita do Senhor à casa de Simão, o fariseu (7.36-50).

Na quarta seção (9.51—19.27) agrupam-se numerosas passagens exclusivas deste terceiro Evangelho. Entre outras, uma série de parábolas muito conhecidas: o bom samaritano (10.25-37), a figueira estéril (13.6-9), a grande ceia (14.15-24), o filho pródigo (15.11-32), o rico e Lázaro (16.19-31), a viúva e o juiz iníquo (18.1-8), o fariseu e o publicano (18.9-14) e as dez minas (19.11-27).

A quinta seção (19.28—24.53) narra os acontecimentos finais da vida terrena de Jesus. São os seus últimos dias, que têm Jerusalém por cenário único. Todos os fatos ocorrem nessa cidade, desde o dia em que o povo recebe em triunfo o Senhor (19.28-38) até que é preso, processado, crucificado, morto e sepultado.

Os sofrimentos, a morte e a ressurreição do Senhor (22.47—24.49) constituem o ponto culminante do relato dos quatro Evangelhos, cada um dos quais traz alguma informação exclusiva que não se encontra nos demais. No caso de Lucas, destaca-se como informação própria a aparição de Jesus ressuscitado aos discípulos no caminho de Emaús (24.13-35).

Leitores, lugar e data da composição
O presente Evangelho foi escrito para cristãos de procedência gentílica. Desde a Antigüidade tem-se mantido como critério praticamente unânime a identificação do seu autor com Lucas, o companheiro de Paulo (2Tm 4.11; Fm 24), a quem este se refere em Cl 4.14 como o “médico amado”. 

Nenhum outro dado, porém, em relação ao nosso evangelista foi registrado no Novo Testamento. Assim ignora-se em que lugar e em que tempo foi redigido o Evangelho. Somente a título de hipótese têm-se apontado lugares tão diversos como Corinto, Éfeso e Roma e datas que vão desde o ano 60 até 95.
Esboço:
Prólogo (1.1-4)
1. Infância de João Batista e de Jesus (1.5—2.52)
a. Os anúncios do anjo (1.5-38)
b. Nascimento de João e de Jesus (1.39—2.20)
c. Infância de Jesus (2.21-52)
2. Preparação do ministério de Jesus (3.1—4.13)
3. Ministério de Jesus na Galiléia (4.14—9.50)
a. Atividades de Jesus (4.14—7.17)
b. Jesus e João Batista (7.18-35)
c. Atividades e ensinamentos (7.36—9.17)
d. Jesus, o Cristo de Deus (9.18-50)
4. A viagem a Jerusalém (9.51—19.27)
5. Ministério de Jesus em Jerusalém (19.28—21.38)
6. Semana da paixão (22.1—24.12)
a. A véspera da crucifixão (22.1—22.62)
b. Paixão, morte e ressurreição (22.63—24.12)
7. Jesus ressuscitado (24.13-53)



Sociedade Bíblica do Brasil: Bíblia De Estudo Almeida Revista E Atualizada. Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; 2005, Lc

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

MARCOS



                        MARCOS
Importância do Evangelho de Marcos
Este Evangelho, o segundo dos livros do Novo Testamento, contém pouco material que não apareça igualmente em Mateus e Lucas.

Apenas cinco passagens de Marcos (3.7-12; 4.26-29; 7.32-37; 8.22-26; 14.51-52) e alguns versículos isolados não foram registrados nos outros dois Evangelhos. Por essa razão, durante muito tempo, não se deu a Marcos (= Mc) a importância teológica e literária que realmente tem.

No entanto, desde o séc. XIX, começou a firmar-se a idéia de que o “segundo Evangelho” foi básico na preparação de Mateus e Lucas. E, ao considerar-se assim que Marcos é o documento mais antigo que possuímos sobre a vida e a obra de Jesus, foi despertado um grande interesse por estudá-lo.
Autor
A opinião mais generalizada identifica o autor do nosso Evangelho com João Marcos (ou só João), parente de Barnabé (Cl 4.10) e filho de Maria, a qual morava em Jerusalém, em uma casa que dispunha de um “cenáculo onde se reuniam” os apóstolos (At 1.13; 12.12). Foi colaborador de Paulo (At 12.25; 13.5,13; 15.37,39; 2Tm 4.11; Fm 24) e, talvez, discípulo de Pedro, que na sua primeira carta o menciona como “meu filho Marcos” (1Pe 5.13).

Marcos não é um historiador no sentido que hoje damos ao termo. Antes, é um narrador que conta o que chegou ao seu conhecimento.

 Escreve em grego, com a rusticidade característica de quem está usando um idioma que não lhe é próprio e, contudo, sabe desenvolver um estilo vivo e vigoroso. Recorre, provavelmente, à memória de coisas ouvidas, mas é capaz de criar no leitor a impressão de encontrar-se ante uma testemunha ocular dos fatos relatados.
Propósito do Evangelho
Marcos não parece preocupado com questões biográficas. Exemplo disso é a ausência na sua obra de uma história do nascimento e da infância de Jesus, da maneira como o fazem Mateus e Lucas. 

Ademais, em termos gerais e excetuando talvez os caps. da prisão, julgamento, crucificação e ressurreição do Senhor (14—16), os dados cronológicos consignados pelo evangelista não permitem estabelecer com precisão a ordem em que ocorrem os acontecimentos.

O que realmente importa ao evangelista é testificar que à pergunta sobre quem é Jesus a primeira comunidade cristã respondeu com convicção: Jesus é o Filho de Deus.

 E, fazendo-se eco dessa afirmação de fé, Marcos inicia a sua mensagem enunciando solenemente: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1.1; cf. também 1.11; 3.11; 5.7; 9.7; 14.61; 15.39).
Características teológicas e literárias
Este Evangelho proclama em cada uma das suas páginas que Jesus é a revelação definitiva de Deus, o qual, em seu Filho eterno, se integra na história da humanidade: Jesus, o singelo mestre chegado da Galiléia (1.9), é o Cristo, o Messias a quem desde séculos antigos esperava o povo de Israel (8.29; 9.41; 14.61-62).

 O evangelista anuncia a presença de Jesus no mundo como o sinal imediato da vinda do reino de Deus (1.14-15; 4.1-34).

A personalidade de Jesus, entretanto, não satisfaz às expectativas judaicas, pois longe de apresentar-se como messias político e militar, o faz como um homem humilde cuja atividade e ensinamentos não correspondiam à imagem triunfante de um libertador nacional.

Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, é também o Filho do Homem. Participa dos sentimentos humanos e é sujeito ao sofrimento e à morte (8.31).

 Com consciência da sua natureza humana, exige freqüentemente que a sua função messiânica se mantenha em segredo (1.43-44; 5.43; 8.29-30; 9.9,30-31), até que chegue o momento de ser acreditada pelos padecimentos morais e físicos que ele deverá enfrentar (14.35-36; 15.39).

Uma característica típica de Marcos é que dedica mais espaço aos atos que aos discursos de Jesus.

 Na realidade, só dois desses últimos podem ser considerados como tais: a série de parábolas de 4.1-34 e o sermão escatológico de 13.3-37.

 Tudo mais são breves intervenções de ensinamento, exortação ou controvérsia.

 Por outro lado, o evangelista concede à descrição dos atos um espaço mais amplo, inclusive, às vezes, superior ao que Marcos e Lucas dedicam a narrativas paralelas (cf. 5.21-43 com Mt 9.18-26 e Lc 8.40-56; 6.14-29 com Mt 14.1-12; 6.30 com Mt 14.13-21 e Lc 9.10-17).

À medida que progride, o desenvolvimento dramático do segundo Evangelho cresce em intensidade, até alcançar o seu ponto culminante no relato da paixão, crucificação e ressurreição de Jesus.

 O Senhor anuncia três vezes esses acontecimentos aos seus discípulos: “O Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas... e o entregarão aos gentios; e o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará” (10.33-34; ver 8.31; 9.31. Cf. Mt 16.21; 17.22-23; 20.18-19; Lc 9.22; 9.44; 18.32-33).

 Os discípulos não compreenderam até o último momento que o sacrifício de Jesus Cristo fazia parte do plano de salvação de que Deus o havia incumbido (8.32-38; 16.19-20).

Leitores, tempo e lugar
Com respeito à composição de Marcos, é provável que teve lugar em Roma ou, talvez, na Antioquia da Síria, antes do ano 70, data em que Jerusalém foi destruída.

 Não há base cronológica que permita datá-la com exatidão, de forma que alguns historiadores a situam entre 65 e 70, isto é, nos anos que seguiram à perseguição de 64, decretada por Nero; outros situam a data em torno do ano 63; e ainda outros a fazem retroceder até a década de 50.

A antiga tradição eclesiástica viu neste Evangelho a influência dos ensinamentos de Pedro, de quem Marcos teria sido discípulo. 

Em princípio, foi escrito para leitores de origem gentílica, residentes fora da Palestina. Assim o sugere, entre outras peculiaridades, o fato de que o autor acrescenta à tradução grega expressões cujo original aramaico incorpora ao texto com a maior fidelidade (cf. 5.41; 7.11,34; 14.36; 15.22,34).
Estrutura do Evangelho
A estrutura formal de Marcos tem dado lugar a diversas análises e a diferentes possibilidades de dividir o texto. 

A que mais adiante se oferece toma como base a revelação progressiva que Jesus faz de si mesmo: 

por um lado, a sua personalidade (cf. 1.7-8,10-11; 4.41; 8.27-29; 9.7), o seu poder frente à natureza, à dor e à morte (cf. 1.30-31,40-42; 2.3-12; 4.37-39; 5.22-42; 6.45-51) e a sua luta contra as forças do mal (cf. 1.24-27; 3.11; 5.15,19; 9.25-27); por outro lado, a índole da sua missão, primeiro como mestre e profeta (cf. 1.37-39; 2.18-28; 3.13-19,23-29; 4.1-34; 9.2—10.45; 13.3-37; 14.61-62) e definitivamente como Senhor e Salvador (16.15-18).
Esboço:
Prólogo (1.1-15)
Pregação de João Batista (1.1-8)
Começo do ministério de Jesus (1.9-15)

1. Jesus, o Messias (1.16—8.30)
a. Atividades e ensinamentos de Jesus (1.16—3.12)
b. Proclamação do Reino de Deus (3.13—6.6)
c. Jesus se revela como o Messias (6.7—8.30)

2. Jesus, o Filho do Homem (8.31—16.20)
a. Jesus anuncia a sua morte (8.31—11.11)
b. Atividades de Jesus em Jerusalém (11.12—13.37)
c. Paixão, morte e ressurreição (14.1—16.20)



Sociedade Bíblica do Brasil: Bíblia De Estudo Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, Mc

domingo, 6 de janeiro de 2013

MATEUS


                       MATEUS

Autor e objeto do Evangelho
Com notável unanimidade, a tradição da Igreja tem atribuído desde o séc. II a composição deste Evangelho a Mateus, o publicano (9.9; 10.3), chamado também de Levi, filho de Alfeu (Mc 2.14; Lc 5.27), o coletor de impostos a quem Jesus chamou e uniu ao grupo dos seus discípulos (10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.13-16).

Tem-se afirmado que Mateus (= Mt) é por excelência o Evangelho da Igreja. Escrito para instruir acerca de Jesus Cristo o novo povo de Deus, apresenta-se diante do leitor como um texto de estrutura basicamente didática.
Características teológicas e literárias
É evidente que Mateus está mais interessado em coligir e apresentar na sua obra o pensamento de Jesus do que em dar-lhe um conteúdo puramente narrativo. 

Conseqüência desse enfoque é o fato de que o evangelista nos transmitiu um quadro enriquecedor da cristologia da Igreja primitiva, quadro que poderia ser resumido em quatro pontos fundamentais:

(1) Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, é o Messias esperado pelo povo judeu.

(2) Em Jesus, descendente de Davi (1.6; 20.30-31; 21.9), cumprem-se as profecias messiânicas do Antigo Testamento.

(3) O povo judeu não chegou a compreender cabalmente a categoria espiritual nem a profundidade da obra realizada por Jesus em obediência perfeita à vontade de Deus.

(4) A rejeição de Jesus, o Cristo, por parte do Judaísmo palestino, projetou a mensagem evangélica ao mundo gentio, revelando desse modo o seu sentido universal.

Um traço característico deste primeiro Evangelho é a sua contínua referência ao Antigo Testamento, com o objetivo de demonstrar que as Escrituras têm o seu pleno cumprimento em Jesus (1.22-23; 2.15,17-18,23; 4.14-16; 8.17; 12.17-21; 13.35; 21.4-5; 27.9-10). 

Mateus, mais do que Marcos e Lucas, faz citações abundantes da Lei e dos Profetas (5.17-18; 7.12; 11.13; 22.40) e, com freqüência, da fé em tradições e práticas religiosas dos judeus vigentes na época (cf., entre outras, 15.2; 23.5,16-23).

Mateus também nos apresenta Jesus como o intérprete infalível das Escrituras. Ele é o Mestre sem igual, que a partir da verdade e da autenticidade descobre a falsidade de certas atitudes humanas aparentemente piedosas, mas, na realidade, cheias de avidez para receber o aplauso público (6.1).

 Recordemos a crítica de Jesus quanto a dar esmolas a toque de trombeta (6.2-4), a respeito da vaidosa ostentação das orações feitas nos cantos das praças (6.5-8; 23.14) e a hipocrisia dos jejuns praticados com o propósito primordial de impressionar o povo (6.16-18).

Especialmente interessante é o tratamento que Mateus dá ao aspecto pedagógico da atividade de Jesus. 

Enquanto Marcos e Lucas associam as palavras do Senhor à ocasião em que foram pronunciadas, Mateus as dispõe de modo ordenado. 

Freqüentemente as reúne em amplas unidades discursivas, compostas com o objetivo de ajudar os crentes a aprendê-las de memória.

 Cinco delas, muito conhecidas, destacam-se pela sua extensão:

O sermão do monte 5.3—7.27
O apostolado cristão 10.5-42
O reino dos céus 13.3-52
A vida da comunidade cristã 18.3-35
O final dos tempos 24.4—25.46

Estes sermões ou discursos aparecem no Evangelho precedidos e seguidos por determinadas fórmulas literárias que servem de marco dramático a cada composição (5.1-2 e 7.28-29; 10.5 e 11.1; 13.3 e 13.53; 18.1 e 19.1; 24.3 e 26.1). Por outro lado, não são estes os únicos discursos.

Mateus contém muitos outros ensinamentos e exortações de Jesus aos seus discípulos (p. ex., 8.20-22; 11.7-19,27-30; 12.48-50; 16.24-28; 22.37-40), assim como admoestações dirigidas a escribas e fariseus (22.18-21; 23.1-36) ou, inclusive, a Jerusalém (23.37-38) e a algumas cidades da Galiléia (11.20-24).

O tema predominante na pregação do Senhor é o Reino de Deus (9.35), geralmente designado neste Evangelho como “Reino dos céus” e focalizado na sua dupla realidade, presente (4.17; 12.28) e futura (16.28). 

A proclamação da proximidade do Reino é também o anúncio de que Jesus encarrega os seus discípulos (10.7), aos quais, depois de ressuscitado, prometeu a sua permanência duradoura no meio deles: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (28.20).

Mateus escreve a sua obra seguindo, em linhas gerais, o esquema de Marcos, mesmo quando a cada passo põe o seu selo pessoal nos textos que redige.

 Quanto aos materiais narrativos utilizados, se bem que muitos sejam comuns a Marcos e Lucas, há cerca de um quarto que Mateus emprega de maneira exclusiva.

Os relatos de Mateus, mais concisos que os de Marcos, apresentam um rigoroso e belo estilo e mantêm certo tom cerimonial que induz a pensar num escritor de formação rabínica. Para isso contribui a presença no texto de não escassos elementos literários que são tipicamente hebraicos.

Língua, tempo e lugar de composição
Este Evangelho, como todos os livros do Novo Testamento, chegou a nós em língua grega. 

Desde os primeiros séculos da vida da Igreja, vem-se discutindo a possibilidade de que fora redigido inicialmente em aramaico e traduzido mais tarde para o grego; mas não há nenhuma fundamentação histórica de ter sido assim.

 O certo é que o texto grego de Mateus é o único que se conhece. No entanto, devido aos abundantes idiotismos semíticos que há no texto, o seu autor deve ter sido um judeu cristão que escreveu para leitores igualmente de origem judaica, mas de fala grega.

Com respeito ao lugar e tempo da composição do Evangelho, não é possível fixá-los com exatidão. Muitos pensam que pode ter sido escrito em terras da Síria, talvez em Antioquia, depois que os exércitos romanos destruíram Jerusalém no ano 70.

Esboço:
1. Infância de Jesus (1.1—2.23)                                                a. Genealogia de Jesus Cristo (1.1-17)
b. Nascimento e infância de Jesus (1.18—2.23)
2. Começo do ministério de Jesus (3.1—4.11)
a. Pregação de João Batista (3.1-12)
b. Antecedentes do ministério de Jesus (3.13—4.11)
3. Ministério de Jesus na Galiléia (4.12—13.58)
a. Começo do ministério (4.12-25)
b. O sermão do monte (5.1—7.29)
c. Atividades de Jesus (8.1—9.38)
d. Instrução dos apóstolos (10.1—11.1)
e. Atividades de Jesus (11.2—12.50)
f. As parábolas do Reino (13.1-58)
4. Ministério de Jesus em diversas regiões (14.1—20.34)
a. Atividades de Jesus (14.1—17.27)
b. Sermão sobre a vida da comunidade (18.1-35)
c. Atividades de Jesus (19.1—20.34)
5. Jesus em Jerusalém: semana da paixão (21.1—28.20)
a. Atividades de Jesus (21.1—23.39)
b. Sermão sobre o final dos tempos (24.1—25.46)
c. Paixão, morte e ressurreição (26.1—28.20)

Sociedade Bíblica do Brasil: Bíblia De Estudo Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, S. Mt