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domingo, 16 de dezembro de 2012

NAUM


                          NAUM
O profeta e o seu meio
Tudo o que conhecemos até hoje sobre a vida de Naum resume-se exclusivamente ao que o próprio livro traz: que nasceu em Elcos (1.1).

 Mas até mesmo essa informação é pouco significativa, pois jamais se conseguiu identificar o povoado com esse nome e nem mesmo localizá-lo. 

Alguns pensam que Elcos pertencia a Judá e estava situada na região da Sefelá, próximo de Moresete-Gate; outros, contudo, supõem que se situava na Galiléia e, mais concretamente, no lugar onde depois se edificou a cidade de Cafarnaum.

A atividade de Naum parece corresponder ao período entre 663 e 612 a.C., sendo provável que a composição do livro tenha-se dado pouco antes do de 612 a.C., ano em que os aliados medo-caldeus atacaram e destruíram a cidade de Nínive.

Desde o seu aparecimento no cenário geral da história, os assírios haviam se mostrado um povo belicoso e os mais cruéis dominadores das nações conquistadas, às quais impuseram toda espécie de violências e deportações (cf. 2Rs 17.3-6).

 Por isso, os povos do Oriente Médio, entre esses o reino de Judá, os quais, durante um século bastante longo, haviam sofrido o jugo da opressão assíria (cf. 2Rs 18.13-37), celebraram com muita alegria a destruição de Nínive.
O livro e a sua mensagem
A queda daquela grande capital, centro vital do poder imperial da Assíria, constitui o único tema da profecia de Naum. Em torno desse acontecimento tão esperado, move-se a sua mensagem, que é um poema vibrante e cheio de paixão.

Das duas partes em que se pode dividir o Livro de Naum (= Na), a primeira (1.2-10) apresenta-se em forma alfabética: até o v. 8, a letra inicial de cada v. segue a ordem do alfabeto hebraico.

 O texto é um cântico de exaltação à glória do Senhor, o Deus “zeloso e que toma vingança”, cujo poder supera qualquer poder humano e também as mais violentas manifestações da natureza (1.3b-6).

 O Senhor, o Deus de Israel, protegerá os seus e os livrará dos seus inimigos, os assírios (1.8-10); ele, que é o Senhor da história e tem nas suas mãos o destino das nações, “acabará de uma vez” com os seus inimigos (1.8) e fará mudar a sorte de Israel e de Judá.

 Os versículos seguintes (1.11-15) são uma passagem de transição em que se alternam as promessas de paz e restauração dirigidas ao povo eleito com a ameaça dos terríveis males que haverão de sobrevir à Nínive.

Por fim, na segunda parte do livro (2.1—3.19), o profeta descreve com impressionante sonoridade o assalto à cidade odiada, cuja derrota provocará a ruína completa do Império Assírio.

 Agora, o ritmo poético da linguagem de Naum, a dramaticidade das suas metáforas e a sonoridade das suas palavras evocam o rodar dos carros de guerra, o galopar dos cavalos e o violento fragor da batalha.

 E parece até se escutar, como que brotando do fundo desse quadro de desastre e morte, o clamor vitorioso do povo de Deus.
Esboço:
1. Ira e misericórdia de Deus (1.1-15)
2. Destruição de Nínive (2.1—3.19)
a. Cerco e tomada (2.1-13)
b. Ruína inevitável (3.1-19)








Sociedade Bíblica do Brasil: Bíblia De Estudo Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, Na

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