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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

OBADIAS


OBADIAS
O profeta
Muito embora a pesquisa histórica não tenha conseguido apresentar informações fidedignas sobre a pessoa e as atividades do profeta Obadias, tem-se como provável que este livro, o menor do Antigo Testamento, foi redigido em Judá; além disso, considera-se o séc. V a.C. como a época provável da sua redação.
O livro e a sua mensagem
A profecia de Obadias (= Ob) é uma diatribe apaixonada contra Edom, um anúncio do juízo e do castigo que haviam de cair sobre aquele povo por causa da violência com que se voltou contra o seu “irmão Jacó” (v. 10), contra a nação israelita.

 Edom, que, junto com outros povos, havia primeiramente se unido a Israel em uma aliança bélica contra a Babilônia, depois, traindo o acordo quando o exército de Nabucodonosor sitiou Jerusalém, passou para o lado dos vencedores, a fim de entrar para saquear a cidade e repartir com eles terras e despojos (vs. 11-14).

Esses fatos reavivaram a inimizade que desde há muito tempo havia entre os descendentes de Esaú e os de Jacó, isto é, entre Edom e Israel (Gn 25.30; 32.28; cf. 25.23); inimizade que se manifesta especialmente em alguns textos pertencentes aos períodos exílico e pós-exílico (cf. Sl 137.7; Is 34; Lm 4.21; Ez 25.12-14; 35).

Na primeira parte do livro (1-14), o pensamento de Obadias desenvolve-se paralelamente ao de certos vs. do cap. 49 de Jeremias: cf. Ob 1b-14 e Jr 49.14-16; Ob 5 e Jr 49.9; Ob 6 e Jr 49.10a

Em seguida, na segunda parte (vs. 15-18), o texto se orienta no sentido escatológico. O profeta contempla, então, a proximidade do “dia do Senhor”, o dia do juízo que há de chegar a todas as nações, o dia em que o Senhor dará o pagamento que tiverem merecido as suas más ações (vs. 15-16). 

Israel, ao contrário, será restaurado; os que antes haviam sido cativos e oprimidos, agora possuirão a terra e farão parte do “reino” do Senhor (vs. 19-21).
Esboço:
1. Humilhação de Edom (1-14)
2. O dia do Senhor e o juízo das nações (15-18)
3. A exaltação de Israel (19-21)

Os pecados e o castigo de Edom. A restauração e felicidade de Israel
1 Visão a  de Obadias: Assim diz o Senhor Jeová a respeito de Edom: b  Temos ouvido a pregação do Senhor, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela c  para a guerra.
2 Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui desprezado.
3 A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, d  na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?
4 Se te elevares como águia e  e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, f  diz o Senhor. g
5 Se viessem a ti ladrões ou roubadores de noite (como estás destruído!), não furtariam o que lhes bastasse? Se a ti viessem os vindimadores, h  não deixariam alguns cachos? i
6 Como foram buscados os bens de Esaú! j  Como foram esquadrinhados os seus esconderijos! l
7 Todos os teus confederados te levaram para fora dos teus limites; os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram debaixo de ti uma armadilha; não há em Edom entendimento.
8 E não acontecerá, naquele dia, diz o Senhor, que farei perecer m  os sábios de Edom e o entendimento na montanha de Esaú?
9 E os teus valentes, ó Temã, n  estarão atemorizados, para que da montanha de Esaú seja cada um exterminado pela matança.
10 Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, o  cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.
11 No dia em que estiveste em frente dele, no dia em que os forasteiros levavam cativo o seu exército, e os estranhos entravam pelas suas portas, p  e lançavam sortes sobre Jerusalém, q  tu mesmo eras um deles.
12 Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; r  nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;
13 nem entrar pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; sim, tu não devias olhar, satisfeito, para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem estender as tuas mãos contra o seu exército, no dia da sua calamidade;
14 nem parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem, nem entregar os que lhe restassem, no dia da angústia.
15 Porque o dia do Senhor s  está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; t  a tua maldade cairá sobre a tua cabeça.
16 Porque, como vós bebestes u  no monte da minha santidade, v  assim beberão de contínuo todas as nações; beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido.
17 Mas, no monte Sião, haverá livramento; x  e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.
18 E a casa de Jacó será fogo; e a casa de José, z  chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o disse.
19 E os do Sul a  possuirão a montanha de Esaú; e os das planícies, os filisteus; possuirão também os campos de Efraim e os campos de Samaria; e Benjamim, Gileade.
20 E os cativos desse exército dos filhos de Israel, que estão entre os cananeus, possuirão b  até Zarefate; c  e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, d  possuirão as cidades do Sul. e
21 E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será do Senhor



Sociedade Bíblica do Brasil: Bíblia De Estudo Almeida Revista E Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005, Ob

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